POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Sinto-me perdido
no tempo…
Num tempo
que já não é meu.
No tempo
de amar,
de sentir,
de desejar,
de querer…
Sinto-me perdido
no tempo…
Num tempo
que já passou,
que a juventude
levou…
Sinto-me perdido
no tempo…
Quando te procuro
num espaço,
que não é meu
por já ter deixado
passar o tempo…
De olhar o céu…
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Desenho a saudade
Na areia da minha pele...
Sonho a presença
Na distância dos teus olhos,
No inesperado da tua desconsideração!
Corro as palmas das tuas mãos
Pelas carícias que me fugiram...
Enlaço-te os lábios
Pelas palavras que não me dizem...
Irradio luz negra
Pela paixão que me não cessa...
Deslizo no destino
Pelo caminho perdido!...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Guardo nos olhos da alma,
Bem fundo,
Feito cofre,
O discernimento que não quis,
A paixão que não sufoco,
A alegria que busco,
Sem buscar...
Abraço-te o coração
Numa tormenta sem rumo,
Arrepio-te o sonho
E conquisto-te a ausência,
Numa existência inventada,
Vazia de saudade!
Voltei aqui,
Ao mundo em que te inventei...
Abracei-te no aconchego das palavras,
Tornei-te real no meu sonho,
Realizei-te em nós!
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
As folhas levam o vento
Cada página que escrevo
Uma lágrima dispersa
Entre a chuva e a mansidão
Que calo nas entrelinhas
Na mesquinhez do saber
Dá-me a tua mão!
Escuta o meu silêncio
É tudo que te peço
Não digas nada!
Consola a nudez
Desta minha solidão
Que teima com persistência
Apoderar-se da minha
Amargurada inconsciência
É tudo que me resta
O silêncio, a solidão e a amargura
A triste saudade
Da minha doce loucura
Não me condenes
Abraça-me!
É tudo o que te peço
Não digas nada...
Dá-me de novo a tua mão!!!
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